Bahia registra cerca de 35 mil mortes no trânsito em 17 anos
A partir desta quinta-feira (14/09), gestores públicos, legisladores e profissionais da área de planejamento urbano, segurança e saúde se reúnem em Costa do Sauípe, durante o Congresso Brasileiro de Medicina de Tráfego, para discutir estratégias de redução do número de acidentes e mortes no trânsito.
Apenas na Bahia, entre os anos de 2000 e 2017, foram registradas 34.534 mortes em acidentes de trânsito, o equivalente à população de cidades baianas como Cachoeira ou Riachão do Jacuípe. Deste total, 6.695 pessoas estavam dirigindo motos, enquanto 12.080 eram ocupantes de carros.
O secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, é um dos convidados palestrantes do congresso, que contará ainda com a participação do Ministro da Saúde, Ricardo Barros.
“Os acidentes de moto representam hoje o maior e mais grave problema de saúde pública do estado, tendo em vista os elevados custos econômicos e sociais, além da elevada taxa de ocupação de leitos hospitalares, visto que são pacientes politraumatizados”, afirma Vilas-Boas.
Entre as ações previstas pelo Governo da Bahia para reduzir, sobretudo, o número de acidentes envolvendo motociclistas, o secretário destaca a inclusão dos acidentes de trânsito como doença de notificação compulsória, a ampliação do número de blitz de alcoolemia e a criação de um plano de segurança viária. “Além disso, vamos desenvolver um aplicativo para celular que possibilita unir entidades governamentais e a sociedade civil no monitoramento e georreferenciamento dos acidentes nas cidades e rodovias”, destaca Vilas-Boas.