Com peças soltas e ferrugem, Defesa Civil de Cachoeira alerta sobre risco na ponte Dom Pedro II

A Defesa Civil de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, convocou uma reunião na manhã desta terça-feira (20) para discutir a necessidade de restauração da ponte Dom Pedro II, que liga o município a São Félix, sobre o rio Paraguaçu. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a estrutura apresenta peças soltas e enferrujadas, o que representa risco para pedestres e motoristas, segundo alerta do coordenador da Defesa Civil, Pedro Erivaldo.
“O local de sustentabilidade da ponte, nos pilares ou nas cabeceiras entre Cachoeira e São Félix, está muito deteriorado. Em alguns locais as peças da ponte estão soltas, o ferrugem já detonou tudo. O restauro está muito lento. Na hora de terminar de fazer o restauro, já vai ter que fazer outro, porque não tem condições: um dia a empresa trabalha, outro dia não trabalha”, afirmou.
Imagens enviadas ao site Correio mostram o avançado estado de deterioração da ponte, construída em julho de 1885. A estrutura de ferro e madeira, com 365 metros de comprimento, foi importada da Inglaterra e é considerada uma das principais obras de engenharia do Brasil no século XIX. Além da relevância arquitetônica, a ponte teve papel essencial no desenvolvimento econômico da Bahia durante o século XX.
Apesar da importância histórica — a cidade de Cachoeira foi sede do Governo Provisório do Brasil durante a guerra da Independência, em 1822 —, o encontro desta terça-feira não contou com a presença de representantes do Iphan, do Ministério Público Federal (MPF) nem da Ferrovia Centro-Atlântica S.A., empresa responsável pela ponte. A reportagem entrou em contato com os três órgãos e aguarda retorno.